Quando o atraso dói no bolso.

Na linha do ter que esperar, mas com ênfase no sofrimento que a espera pode causar, está o salário atrasado. Sim, porque a gente quer muito que o dinheiro entre na conta da gente no dia certo (e não 1, 2 ou 10 dias depois). Mais do que isso, nós erroneamente nos acostumamos a manter uma dependência com aquele retangulozinho que a gente passa na máquina e não sente o dinheiro saindo: o cartão de crédito. O problema é que no final do mês nunca falha e a conta chega em nossa residência quando menos grana temos pra pagá-la.

Se atrasar um dia, ou faltar no trabalho, certamente seu chefe não esquecerá desse fato e descontará o dia perdido da nossa folha de pagamento. Mas se ele atrasar o pagamento e você for obrigado a entrar no cheque especial, pode se conformar, que vai pagar seus juros sozinho.

E é claro, as contas a pagar não esperam o dia que nosso dinheirinho entra na conta corrente numa boa. Os juros correm, a multa rola solta e a gente fica arrancando os cabelos à pinça, pensando numa forma de resolver esse abacaxi. Começa a contar as notas da carteira, quebra o cofrinho, deixa o carro em casa e recorre ao ônibus (Pra isso que serve o cofrinho). Cervejinha no final de semana, então, nem pensar...

E vai aumentando o desespero até o dia mágico, que você confere seu saldo bancário e finalmente ele sai do vermelho (por um curtíssimo tempo é verdade, mas sai!)