sábado, 10 de outubro de 2009

Foi por medo de avião...



Um dos maiores medos que tenho na vida é o de voar de avião. Na verdade o que tenho “é uma fobia do tipo simples, que envolve situações” (Wikipédia me salvando o post). Tudo começa quando eu decido viajar. Não dá nem tempo de curtir, imaginar os lugares legais que vou conhecer, porque fico logo pensando na viagem em si: no avião.


Não adianta você virar pra mim e dizer que é o meio de transporte mais seguro e blábláblá. Nada disso faz efeito. A última coisa que meu medo quer é racionalidade. Tenho pesadelos, minhas mãos suam, começo a ficar nervosa, não tem como evitar. Não sei se sou eu que começo a prestar mais atenção, mas geralmente perto da minha viagem, ocorrem desastres aéreos. E o medo, obviamente, triplica.

Chego ao aeroporto, rezo, levo patuá, levo medalhinha de Nossa Senhora de Fátima, obrigo quem está viajando comigo a fazer o mesmo. Por que, né? Nunca se sabe.



Subo no bendito, tentando demonstrar que não estou me cagando de medo. Escuto as instruções das comissárias de bordo de como se safar de um acidente. Aumenta o medo. A vontade que tenho é de sair correndo, descer dele e ir pra debaixo da minha cama (afinal, eu sou uma mulher muito madura). Obviamente quem está comigo não deixa que eu faça isso.



Começa a tortura. Aeronave taxiando. O avião levanta vôo, frio imenso na barriga, aquela sensação de que ele agora se desprendeu do chão, vai ficando cada vez mais alto e eu só consigo pensar comigo: FUDEU de vez! Pode parecer idiotice, mas é dentro do avião que eu mais sinto que minha vida não está em minhas mãos. Fecho os olhos, abaixo a cabeça, rezo. Tento dormir, mas não consigo. Hora do lanche, uma pequena distração, como o sanduíche de queijo quente com presunto (obviamente da TAM, porque se fosse da GOL seria uma barrinha de cereal e priu) às pressas para poder tampar novamente meus ouvidos. Aguardo o tempo passar. Horas e horas da mais desesperadora tortura psicológica. Ultimamente eu só viajo a base de calmantes ou de cerveja (não dos dois juntos e nem em demasia, porque meu sobrenome é Gonçalves, mas eu não sou ator global).
Quando eu já começo realmente a cogitar a possibilidade de pular do avião, finalmente o piloto resolve anunciar a preparação para o pouso.



Essa é a hora mais feliz do vôo pra mim (ganha até pra hora do lanche). Sim, porque minha certeza é de que no chão tá tudo beleza. Chegamos ao destino. Curto meu passeio, até quando chega o dia da viagem pra casa e recomeça tudo outra vez!

3 comentários:

Rozinha disse...

Afé... parece que eu tô me vendo achando a todo momento que o avião estava prestes a cair na primeira vez em que viajei. Ui! Odeio! adoro dramin;)

Kacau disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk faltou citar a palavra cruzada...

Ju disse...

e tome valium pra cimaaaaaa!