segunda-feira, 22 de março de 2010

Sobre a morte.



Apesar de ser a única certeza que possuímos, é a coisa que nos assusta mais. Às vezes me pego pensando sobre o deixar de existir, deixar de ser. O que acontece depois que nossos olhos se fecham para sempre. Para sempre fecharei mesmo os olhos, ou meu corpo espiritual vai sair do meu corpo físico e observá-lo inerte? Ou será um sono eterno, sem sonhos, sem lembranças, sem vida?

Não quero ser mórbida nem nada. Mas às vezes bate um aperto no peito. E se eu dormir e não acordar mais? E se meu coração problemático resolver que não agüenta mais a carga e me levar numa festa, numa dose de vodca, numa caminhada mais caprichada ao lugar que eu não quero conhecer? Terei pouco tempo ou seguirei os passos da minha bisavó e encontre uma morte tardia e suave em casa aos 104 anos? Irei eu primeiro, ou envelhecerei dolorosamente vendo meus amigos, meus amores morrerem antes de mim? Será que nesse momento me conformarei com a danada e a idéia de seu encontro se torne mais leve? Não sei.

Um grande amigo procurou pela morte há algum tempo. Tinha minha idade na época. 24 anos. A vergonha e as tristezas da vida fizeram com que ele rompesse o medo do incerto. Fico pensando se ele se arrependeu ao ver o seu corpo sem vida, ao ouvir nossos lamentos, ao encontrar a lucidez. Espero que lá nesse lugar desconhecido ele tenha sido bem recebido, que o tenham acolhido e ajudado a curar as feridas que tanto corroíam sua alma.

Espero que meu medo seja bobagem e que o que nos espere seja realmente o paraíso ao qual almejamos. A morte é uma realidade que não nos lembramos de conhecer e a incerteza sobre o que virá assusta. A incerteza da certeza. É incerto o nosso destino, mas é inevitável o nosso encontro a ele.

terça-feira, 9 de março de 2010

Sobre o Dia Internacional das Mulheres

Recebi por e-mail, do meu próprio marido (ulá-lálá!) e vou compartilhar com vocês...

Homenagem ao Dia Internacional da Mulher.


Onze pessoas estavam penduradas numa corda num helicóptero. Eram dez homens e uma mulher (quero nem imaginar o que ela estava fazendo sozinha no meio desses homens todos kkk).

Como a corda não era forte o suficiente para segurar todos, decidiram que um deles teria que se soltar da corda.

Eles não conseguiram decidir quem, até que, finalmente, a mulher disse que se soltaria da corda pois as mulheres estão acostumadas a largar tudo pelos seus filhos e marido, dando tudo aos homens e recebendo nada de volta e que os homens, como a criação primeira de Deus, mereceriam sobreviver, pois eram também mais fortes, mais sábios e capazes de grandes façanhas (nhá?)...

Quando ela terminou de falar, todos os homens começaram a bater palmas.. (\o/ hihihihi)

Nunca subestime o poder e a inteligência de uma mulher... NUNCA!

Beijo grande!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Sobre o amor.



Meu professor de anatomia da faculdade dizia que era bobagem dizer que se amava do fundo do coração. Amava-se na verdade do fundo do tálamo. Estudos posteriores à minha época de graduanda mostraram que na verdade o amor vem de áreas no cérebro chamadas de núcleo caudal (que meio que envolve o tálamo) e área tegumentar ventral.



Não que isso seja de suma importância pra gente no dia-a-dia. Afinal, uma pessoa que cai de amores por outra, não virará para ela e dirá: Querida, eu te amo do fundo da minha área tegumentar ventral e do meu núcleo caudal. Capaz da querida, ao ouvir uma coisa dessas, dar um chute bem no meio dos glúteos do namorado engraçadinho.



Não sei de onde surgiu a história de amar com o coração, mas a imagem criada para essa analogia (aquele coração bonitinho, claro, não o coração de verdade) foi a que pegou. Era nele, que na mitologia romana, o Cupido direcionava suas flechas. É nele, que por causa do amor materno, sempre cabe mais um. Não no cérebro, que apesar de estar envolvido na maior parte das sensações, nos passa essa imagem fria de impessoalidade.

Coitadinho do cérebro... tão esquecido, tão posto de lado com tanto amor para dar.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sobre amizade



Uma coisa que já havia trabalhado em mim, depois de muitas decepções com amizade, é que não devo esperar nada de ninguém. Essa é a forma mais fácil de não se quebrar a cara. Mas o ser humano é tolo demais. Criam-se novos laços, nasce o sentimento e, mesmo tentando se conter, é difícil não esperar que ao menos a consideração seja retribuída.

Dou total importância às pessoas que amo. Posso ser turrona, ter essa camada externa de gelo que isola meus sentimentos bem dentro de mim, mas tento transmitir ao máximo todo o respeito e toda a consideração e amor que tenho pelos meus amigos. São pequenos gestos, olhares, palavras... É a certeza que um amigo meu pode ter, de que se ele cair, vou estar ao seu lado, concordando ou não com as eventualidades que o levaram à queda.

Mas, enfim, a vida é assim, não é mesmo? Caminhamos, somos derrubados por quem esperávamos que nos desse a mão, nos levantamos e seguimos em frente. Afinal, que lição nós aprendemos com a vida, quando tudo corria bem?